Dicas aos principiantes no Xadrez
Peça tocada, peça jogada. Este preceito, de validade universal e atualmente regra oficial para uso em campeonatos, deve ser obedecido à risca, mesmo em partidas amistosas. O enxadrista que se acostuma a pedir para "voltar o lance" ou jogar com outra peça, além de se tornar um parceiro aborrecido não poderá progredir devidamente, pois os erros também ensinam. Observe-se, porém, que enquanto a peça não for largada o lance não é considerado como feito, podendo ser executado outro qualquer com a mesma peça.
Não espere que seu adversário não "veja" o que tenciona fazer: jogue sempre o melhor que puder. Somente em desespero de causa devemos buscar algo insólito, uma manobra qualquer em desacordo com os lances normais que a posição faz prever, e que nos tire da difícil situação em que porventura nos encontremos.É preferível traçar um plano incompleto, ou mesmo defeituoso, do que deixar-se levar à deriva, sem plano algum. Da mesma forma, é preciso prestar também atenção ao que o adversário faz, ou pretende; não é sensato jogarmos como se estivéssemos sós diante do tabuleiro e as manobras do adversário não nos dissessem o mínimo respeito.
Deixamos aqui advertido ao leitor que não se deixe tentar pela ideia de imitar pura e simplesmente, em suas partidas, os lances de partidas alheias, vistas ou estudadas, sem o emprego do devido juízo crítico; cada partida tem sua individualidade e estrutura lógica, somente sendo possível repetir-se uma posição se o adversário também contribuir para isso, o que não é aconselhável nem razoável esperar - principalmente se ela for causada por manobra ou lances inexatos.
Ao contrário aos esportes atléticos, aonde é "esportivo" ou "belo" lutar até o fim, no xadrez é de boa norma abandonar uma partida tão logo se torne evidente a inutilidade da resistência. Reconhecer plenamente a vitória do adversário no momento exato, evitando tornar-se enfadonho ou antipático, é considerado elevada virtude enxadrística. Entre mestres de categoria, não é incomum o abandono da partida por alguém que haja perdido material tão leve como um peão, e as vezes apenas por inferioridade de posição - desde, é claro, que uma análise objetiva revele a inexistência de qualquer compensação e a impossibilidade de evitar a derrota.
Embora a finalidade do jogo seja dar mate ao rei, isto não quer dizer que se deva jogar desprezando todos os demais fatores presentes em uma partida, como se fosse imperioso dar mate em poucos lances; devagar se vai ao longe, e afinal de contas, nosso adversário começa com peças iguais às nossas e tem o mesmo objetivo final.
É sempre importante colocarmos o rei em segurança, ou mantê-lo protegido com outras peças. De nada serve nos empanzinarmos de material - principalmente peões - sob risco de sermos vítima de algum golpe de surpresa na zona mais delicada do tabuleiro: aquela onde temos o rei.
Quem tem superioridade material deve procurar a simplificação mediante trocas adequadas, aproximando-se do final da partida: estará, deste modo, cortando as garras do adversário. Inversamente, se estivermos em situação materialmente inferior devemos evitar manobras simplificadoras que nos tirem a possibilidade de reagir.
O domínio e a ocupação de pontos estratégicos importantes são a condição básica para a obtenção de superioridade posicional e garantia de êxito em nossas manobras táticas. Entre os pontos estratégicos importantes salientam-se: as colunas abertas, de excepcional valia para as torres; as casas fortes, de grande utilidade para a instalação de cavalos; o domínio do centro do tabuleiro-zona nevrálgica de onde se pode atingir a todas as direções rapidamente; a ocupação desse mesmo centro com peões solidamente apoiados, o que impede o crescimento de qualquer ataque inimigo.
O local mais adequado para o rei, especialmente enquanto existem muitas peças inimigas em jogo, é aquele em que se encontra depois de rocado: a área aproveitável para o ataque das peças contrárias é bem menor, comparada com sua colocação inicial. Inversamente, à medida que são trocadas as peças e nos aproximamos do final, o rei perde sua timidez e encaminha-se para o centro da luta em auxílio às suas companheiras, transformando-se em uma vigorosa peça que frequentemente decide a sorte do combate.
Ao principiante agrada manejar a dama, uma peça poderosa e de largo alcance, em detrimento de outras peças. Deve, porém, ter em vista que, justamente por seu grande valor, não é prudente colocar a dama em local exposto a ataques por peças inimigas de valor menor, o que a obrigaria a bater em retirada sob pena de derrota imediata. Não consideramos aqui as posições em que a dama se "sacrifica", pois se trata de exceções táticas, sempre possíveis para quaisquer peças, porém, imprevisíveis estrategicamente.
"Os peões são a alma do xadrez", disse o imortal Philidor já no século XVIII; de fato, quer marchando gloriosamente para a coroação no final da partida, quer sacrificando-se para romper as defesas inimigas, quer fazendo uma muralha em torno do próprio rei, este humilde e valente soldado bem merece aquele julgamento. Cuide bem deles, e sua partida será um suave passeio.
As torres são peças poderosas, porém, necessitam de espaço para combater. No início da partida estão condenadas à inércia durante certo tempo. É, importante por isso rocar cedo, a fim de que as torres se encaminhem o quanto antes para as colunas centrais, aonde a possibilidade de entrarem em ação será maior por serem, provavelmente, as primeiras colunas a se abrirem, devido ao avanço inicial e ao contato entre os peões brancos e pretos.
O cavalo é a peça dos recursos inesperados, e sua proximidade de um ponto nevrálgico qualquer, como por exemplo o roque adversário, é sempre fonte de preocupações e ameaças. Sendo peça de curto alcance, é necessário que seja transportada para as proximidades do combate o quanto antes, especialmente na fase intermediária do jogo. Sua produtividade decai bastante no final, a não ser que haja peões bloqueando a marcha dos bispos, estado de coisas absolutamente indiferente ao cavalo.
O bispo compensa sua incapacidade relativa com a possibilidade de entrar em ação imediata (ao contrário da torre) e de poder agir à distância (ao contrário do cavalo). Conjugado com seu companheiro da outra ala, varre praticamente o tabuleiro, sendo perigosa arma à disposição de enxadristas que gostam de atacar cedo. Podem, além disso, desempenha um vigoroso papel em finais que apresentem cadeias de peões móveis; seu potencial de trabalho será, nesse caso, sensivelmente superior ao dos cavalos.
Um bispo ou um cavalo sozinho não dá mate, no final da partida, porém, sua presença na condição de peça a mais, no transcurso do jogo, trará inevitavelmente a derrota para o bando inferiorizado (isto é, sem compensação), pois a pressão extra que será capaz de exercer não poderá ser devidamente contrabalançada; haverá sempre a possibilidade de transformar tal vantagem em outra equivalente e decisiva: peões a mais, ganho de qualidade ou de oposição, ataque de mate. A grande arte do xadrez estratégico é saber transformar, oportunamente, uma vantagem qualquer em outra de realização mais acessível.
Não é aconselhável ao estudante empenhar-se em decorar a inumerável messe de variantes de aberturas que atualmente são o "cavalo de batalha" dos mestres e teóricos do mundo inteiro. Além de cansativo e pouco útil, poderá ser vantajosamente substituído, no estágio de aprendizagem, por um breve estudo estratégico das aberturas básicas - objetivos imediatos, possibilidades de expansão, pontos de semelhança com outras aberturas, etc. Como auxílio a essa tarefa, procuramos apresentar, a voo de pássaro, as principais aberturas em uso e sua temática elementar.
Valor Relativo das peças
Os valores das peças no xadrez são relativos, ou seja, depende muito da função que esteja exercendo, de seu grau de mobilidade, etc. Os valores a seguir servem apenas para orientar o enxadrista, principalmente no momento de efetuar uma troca.
Peão:1
Cavalo: 3
Bispo: 3
Torre: 5
Dama: 10
Rei: Infinito
O Rei é única peça que tem valor absoluto, já que sua perda significa o final da partida.Consideramos os valores dos bispos e dos cavalos como aproximadamente iguais, embora alguns autores considerem o bispo um pouco superior ao cavalo. Como dissemos acima, isso depende do grau de mobilidade. Como exemplo, em posições fechadas, geralmente o cavalo será superior, ao passo que em posições abertas o bispo terá preferência.
Na minha opinião é muito difícil dar um valor para as peças porque estes valores mudam muito desde o começo da partida até o final desta. Mudam também de enxadrista para enxadrista e em relação ao momento em que o enxadrista passa na sua vida.
É lógico que no final da partida um rei e um (bispo ou cavalo) contra um rei não se consegue efetuar o mate, diferente de um rei e uma (torre ou dama) contra um rei .
Quando se efetuam trocas de peças, geralmente procura-se ganhar qualidade trocando peças menores por maiores. Exemplo: PxC. Mas e se for uma armadilha do adversário com o objetivo de ganhar tempo e/ou posicionamento no tabuleiro? Será que os valores das peças na troca tiveram importância? Foi uma troca vantajosa considerando-se estes dois fatores?
Qual é o valor de um peão a ponto de ser coroado em comparação a um peão em sua casa inicial? Ou de uma torre no início da partida comparada com uma torre que acabou de rocar?
Existem pessoas que se adaptam bem ao movimento do cavalo, este consegue ameaçar as outras peças sem sofrer ameaças delas na mesma jogada, mas é mais fácil de um rei e dois bispos contra um rei efetuarem o mate do que um rei e dois cavalos contra um rei.
O rei tem valor infinito durante a partida, mas segundo alguns teóricos tem valor 4 de combate. À medida que as peças vão acabando, o rei passa de uma posição defensiva para uma posição ofensiva porque torna-se necessário obter fontes para ataque.
Outros mestres dizem que o valor das peças é proporcional ao número de casas que dominam desde o centro do tabuleiro.
Conclusão: estes valores só existem para se ter uma noção, não deve ser considerados ao pé da letra pois isto acarretaria um vício.
Conselhos
"Não importa o que sai errado, sempre dará impressão de certo."- Apodere-se do centro do tabuleiro.
- Rocar sempre é bom. Roque quando está perto de levar um xeque.
- Pense no salto do cavalo: podem dar-lhe um duplo; tente fazer o mesmo.
- Não jogue a dama no princípio da partida (abertura); dê saída, primeiro, às outras peças.
- Não mova uma peça duas ou mais vezes na abertura; desenvolva primeiro todas, tirando-as da primeira linha, com exceção das torres.
- Não olhe só para uma parte do tabuleiro. Antes de mover uma peça tenha visão de todas.
- Antes de mover uma peça, pense no que vai jogar e na jogada com que lhe responderá o adversário.
- Nunca toque em uma peça antes de estar seguro da jogada que pensa realizar
- Procure cravar as peças do adversário. Se lhe cravarem alguma, descrave-a o quanto antes.
Generalidades Sobre a Estratégia de Xadrez (iniciantes)
Há no xadrez, uma série de princípios gerais, que são como postulados prévios para a vitória. O principiante e, mesmo jogadores de certa categoria devem seguir, quanto possível, os conceitos clássicos, apontados pelos mestres e pelos tetos mais autorizados.O jogador não deve esquecer, porém, que no xadrez, como na vida, tudo é relativo. Lembre-se de que "Todas as ideias fixas estão erradas, inclusive esta!". Os princípios gerais destinam-se aos casos gerais, não às exceções. Deve haver portanto uma certa elasticidade na aplicação destes conceitos, cada posição, afinal, acha-se regida pela própria lei.
- Todo Lance Deve Corresponder A Uma ideia, A Planos Definidos.
- Não deve realizar nenhuma jogada sem objetivos definidos.
- É imprudente o desenvolvimento prematuro da dama.
- Deve rocar-se e todas as aberturas.
- É fundamental o domínio do centro.
- Ganho de tempo é vantagem importante.
- Os peões são verdadeira base de toda a estratégia do xadrez e mesmo da teoria das aberturas.
- Todo avanço de peão enfraquece a posição.
- Evite-se os peões dobrados ou atrasados.
- Os peões passados, sempre que possível, devem ser impelidos para frente.
- A superioridade em espaço é decisiva, especialmente nas posições de ataque.
- A maior força nos peões está na sua mobilidade.
- Se o adversário tem uma ou mais peças expostas, deve procurar-se uma combinação.
- Não se deve realizar uma troca sem haver uma boa razão.
- Não se deve expor o rei quando as damas ainda estão no tabuleiro.
- O rei deve estar ativo no final.
- Os valores das peças não são absolutos, varia com a posição.
- Não se deve sacrificar sem uma razão clara e adequada.
- É de muito valor a ocupação da sétima e oitava fileira.
As Aberturas
"As aberturas correspondem a luta pelo controle do centro." Romanosky
Regras Fundamentais da abertura:
1. Abra o jogo com 1. e4 ou com d4.
2. Sempre que possível, faça um bom lance de desenvolvimento que ameace alguma coisa.
3. Desenvolva os cavalos antes dos bispos.
4. Escolha a casa mais adequada para uma peça e leve-a até lá, decidida e terminantemente.
5. Faça o roque quanto antes, de preferência no flanco do rei.
6. Não saia com a dama muito cedo.
7. Faça um ou dois movimentos com os peões.
8. Jogue para obter o domínio do centro.
9. Procure sempre manter ao menos um peão no centro.
10. Não sacrifique material sem uma razão clara e definida.
O Meio-Jogo
O meio-jogo é a fase medular da partida de xadrez. A sua extraordinária complexidade, a sua infinita riqueza de pormenores e possibilidades fogem a uma sistematização simples e eficiente, como tem sido realizada nas aberturas e em grande número de finais.Já se viu que, em termos gerais, o material e tempo constituem os elementos essenciais no xadrez. Znosko-Borovsky (veja estratégia para os experientes) especifica mais profundamente, considerando que espaço e tempo são as condições nas quais uma partida de xadrez se desenvolve, e o elemento ativo é a força. O tempo e o espaço são o produto revelador da força. Estes três elementos realizam e decidem a partida de xadrez. A vantagem em um ou mais elementos pode significar a vitória.
Há posições especiais com singulares possibilidades táticas. Mas em geral, a superioridade em um ou mais elementos poderá ser explorada por meio de:
a) ataque
b) manobras preparatórias
c) simplificação (que conduz a final)
Da sua parte, o jogador que se achar em inferioridade poderá tentar remediar a sua posição mediante:
a) defesa passiva
b) contra-ataque
c) troca de material (aliviar a pressão)
d) simplificação (que conduz a final)
Nota: A simplificação pode significar a salvação para quem está na inferioridade e pode ser vitória para quem está na superioridade. O fator que determina se a simplificação é favorável varia com o caráter de uma posição.
O Final
O final é o momento culminante de beleza e dificuldade: abóbada delicada que arremata e fecha a construção enxadrística. De corte sóbrio - em virtude da simplificação já operada - de aspecto fácil na aparência, o final encerra, todavia, as sutilezas mais profundas da Arte de Caissa. No dizer de todos os mestres, é a fase mais difícil da partida de xadrez. Isto deve aos dois fatores fundamentais:1) A extraordinária relevância que adquire o fator tempo: a perda de um único tempo pode significar a derrota ou fuga duma vitória certa.
2) A necessidade absoluta de um plano único, preciso e satisfatório, o qual deve estar subordinado todos os lances.
Os Elementos de Xadrez
Os elementos de xadrez - espaço, material, desenvolvimento, segurança do rei e a estrutura dos peões - são as bases do jogo. Ao entender esses elementos individualmente, seus conhecimentos de xadrez aumentam de modo considerável. É claro que entendê-los isolados uns dos outros é mais fácil do que o fazer em conjunto.Infelizmente, os elementos estão sempre interagindo entre si - como se fossem gases voláteis. Ora um elemento é bem mais importante do que todos os outros combinados ora há um equilíbrio dinâmico entre todos eles. Quando você conseguir compreender a relação de cada elemento com os outros - em qualquer dada posição, terá se aproximado da maestria no xadrez.
Espaço
O espaço talvez seja a fronteira final para alguns de vocês, mas é um elemento essencial no mundo do xadrez. O xadrez, na verdade, é um jogo de conquista de espaço. Se tudo estiver igualado, o jogador que controlar a maior parte do espaço controla a partida: é mais fácil manobrar as peças quando você tem espaço. Quando não, nem sempre poderá levar suas peças para o lugar certo no tempo certo.As Leis do Espaço
- Use peões centrais para ganhar espaço no começo do jogo.
- Só penetre nas linhas inimigas se puder apoiar as suas peças.
- Não bloqueie os bispos atrás de seus próprios peões.
- Se estiver restringido, procure um lance libertador.
- Se o adversário estiver restringido, tente evitar lances libertadores.
- Troque peças para aliviar pressão.
- Controle o centro antes de atacar pelos flancos.
- Se o adversário estiver atacando pelo flanco, contra-ataque-o pelo centro!
- Depois de conseguir controlar uma casa no território inimigo, tente ocupá-la com um cavalo.
- Durante a fase final do jogo, o rei geralmente deve ser levado para o centro do tabuleiro.
Material
A superioridade material é decisiva quando tudo mais está igual. Se você puder ganhar um peão, geralmente é possível ganhar mais concessões do adversário. Raramente as coisas são iguais no xadrez, e às vezes é impossível avaliar corretamente quando uma vantagem material é mais importante do que qualquer outra vantagem em outro elemento diferente.As próprias peças podem ganhar ou perder força dependendo do seu posicionamento. Ter um peão avançado no território inimigo pode ser mais importante do que um mísero cavalo enfiado no canto. Os valores das peças são relativos e se alternam durante a partida.
Materiais
*Quando estiver na frente no que se refere a material, force as trocas e caminhe para final do jogo.*Abra as colunas e diagonais, quando possível, para atrair o inimigo e forçar novas concessões.
*Se possível, ganhe material sem sacrificar algum outro elemento.
*Material, usualmente, é mais importante que os outros elementos, portanto, aceite-o se for oferecido - a não ser que tenha uma boa razão para não fazê-lo.
*Se estiver em desvantagem material, evite trocar mais peças, mas não fique passivo.
Desenvolvimento
O desenvolvimento é o elemento de tempo. O Napoleão já disse uma vez: “Se perdermos espaço, podemos recuperar depois, mas, se perdermos tempo, nunca poderemos recuperá-lo". No xadrez, cada jogador joga um lance de cada vez. Não pode deixar de jogar. Nem todos os lances são iguais, somente aqueles que contribuem para aumentar a mobilidade das peças são considerados lances de desenvolvimento.Se seu adversário estiver fazendo lances de desenvolvimento, enquanto você apenas fica marcando passo, logo, perderá jogo. Cada lance é um recurso precioso, portanto, nenhum deles deve ser desperdiçado!
A Segurança do Rei
De todos os elementos, a segurança do rei é mais dramática. Se ele estiver em perigo, nada mais importa. Se o monarca receber um xeque-mate, não interessa quantas peças você tem no tabuleiro, pois é o fim do jogo.Muitas partidas de xadrez começam com um ou dois lances de desenvolvimentos de peças menores. O próximo passo é geralmente colocar o rei em segurança com o roque, um lance em que o rei fica mais próximo de um dos cantos, o que significa longe das ações das outras peças.
Essa estratégia aparece em inúmeras aberturas que, sob outros aspectos são completamente diferentes. A ideia principal é combater o inimigo após o rei estiver em segurança. Proteger o rei com todas as peças não é eficiente; bons jogadores deixam esses encargos para uma ou duas delas e para os peões. O cavalo é um bom defensor, oferece muita resistência aos ataques.
Estrutura dos Peões
Os peões são almas do xadrez porque a mobilidade das peças depende com frequência o posicionamento dos peões. Segundo a regra geral, a mobilidade é a chave do poder de qualquer peça do xadrez. Essa regra é válida até para o modesto peão. É claro que a sua mobilidade está ligada a capacidade de avançar. Ele não pode atacar a casa imediatamente à sua frente, e, portanto, sua mobilidade depende da ajuda de outro peão. Essa limitação faz com que os peões sejam mais fortes juntos, ou em dupla, mas não sozinho.Regra para peões
- *Procure manter a estrutura de peões intacta.
- *Visto que alguns peões precisam avançar, tente manter sua mobilidade ou conserve-os em dupla.
- *Se algum peão ficar impedido, use outro para libertá-lo.
- *Se tiver um peão isolado, mantenha sua mobilidade; se o adversário tiver um, bloqueie-o!
- *Crie um peão passado e, quando possível, um peão passado protegido.
- *Avance os peões passados.
- *Ataque os peões passados com as peças pesadas.
- *Tente avançar com um peão pendente e depois bloqueie.
- *Evite dobrar seus peões, mas se não puder evitar, tente trocar um deles.
- *Ataque a cadeia de peões na base.
Centro, Desenvolvimento e Perda de Tempo
Chamamos de centro as casas ao redor do ponto geométrico central do tabuleiro, ou seja: d4,d5,e4 e e5.O movimento de peões não desenvolvimento. São jogadas auxiliares ao desenvolvimento.
Deve-se ter em mente que, se fosse possível, o ideal seria o desenvolvimento sem jogadas de peões, pois estes não são elementos agressivos. Porém, um desenvolvimento sem peões é irrealizável, porque o centro de peões inimigos afastaria nossas peças desenvolvidas.
O fracasso de um desenvolvimento sem peões pode ser explicado nessas jogadas: 1.Cf6, Cc6 ; 2.e3
- Como o peão não realizou seu máximo avanço, consideramos que o desenvolvimento das brancas não contam com peões 2 ...e5; 3.Cc3, Cf6 ; 4.Bc4, d5 5.Bb3
Em concordância com a regra, as jogadas de peões são permitidas quando tendem a ocupar o centro ou estão em concordância lógica com este,
A vantagem de tempo no desenvolvimento.
A posição do diagrama abaixo é um típico exemplo de perda de tempo no desenvolvimento. Após: 1.e4, d5 ; 2.exd5, Dxd5 ; 3.Cc3 e as negras são obrigadas a mover a dama, jogando duas vezes a mesma peça!
Depois de 1.e4, e5 ; 2.f4,Cf6; 3.fxe5,Cxe4
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