http://www.conscienciadoxadrez.com.br/loja/infos.asp?lang=pt_BR&codigo_texto=27
Mikhail Nekhemievich Tal (Russo: Михаил Нехемиевич Тал e em letão: Mihails Tāls) foi um enxadrista soviético conhecido pelo seu estilo agressivo de jogo e o oitavo campeão do Mundo de Xadrez.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um
clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de
recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a
este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker,
pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a
iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a
que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente
treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo assinalavelmente
positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios intuitivos a que
Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações, parecendo mesmo
impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas que Tal criava no
tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas encontrassem falhas
nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o
“Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”.
Mikhail Nekhemievich Tal
Mikhail Nekhemievich Tal (Russo: Михаил Нехемиевич Тал e em letão: Mihails Tāls) foi um enxadrista soviético conhecido pelo seu estilo agressivo de jogo e o oitavo campeão do Mundo de Xadrez.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um
clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de
recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a
este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker,
pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a
iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a
que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente
treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo
assinalavelmente positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios
intuitivos a que Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações,
parecendo mesmo impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas
que Tal criava no tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas
encontrassem falhas nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o
“Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”
Vasily Vasiliyevich Smyslov
Foi um enxadrista soviético e cantor de ópera, tendo sido Campeão Mundial de 1957 a 1958
Smyslov foi cantor (tinha uma boa voz de barítono), só se decidindo por uma carreira no xadrez ao não conseguir ser aceite no Teatro Bolshoi, após uma audição, em 1950. Posteriormente, chegou a dar recitais durante torneios de xadrez, frequentemente acompanhado pelo também GMI e pianista Mark Taimanov.
Vasily Smyslov jogou em 1948 no torneio (Campeonato do Mundo de Xadrez) organizado para determinar quem ganharia o título de campeão, sucedendo ao falecido Alexander Alekhine, acabando em segundo atrás de Mikhail Botvinnik. Após triunfar no torneio dos candidatos em 1953 em Zurique, ele ganhou o direito a jogar um match com Botvinnik no ano seguinte. Este match acabou empatado, o que implicava a conservação do título por Botvinnik. Voltaram a jogar em 1957 (Smyslov ganhara novamente o torneio de candidatos, realizado em 1956
em Amsterdão) triunfando Smyslov pelo resultado de 12,5 – 9,5. No ano
seguinte Botvinnik exerceu o seu direito à desforra recuperando o título
com o resultado de 12,5 – 10,5.
Vasily não voltou a qualificar-se para outra final do Campeonato do Mundo, mas continuou a jogar nas provas de qualificação. Em 1983 foi até à final dos candidatos (o match que determina com o campeão, na altura Anatoly Karpov), perdendo por 8,5 – 4,5 com o futuro campeão Garry Kasparov. Nas eliminatórias anteriores tinha defrontado Zoltan Ribi (na meia-final, com o resultado de 6,5 – 4,5) e Robert Hübner (nos quatros de final, com o resultado de 7 – 7, tendo sido a roleta a decidir o jogador a avançar).
Em 1991
Vasily Smyslov ganhou o primeiro Campeonato Mundial de Xadrez Sénior, e
tem posto em acção sobre o tabuleiro os seus dotes em jogos não
competitivos, desde um torneio realizado em 2001 em Amsterdão, o Klompendans Veterans versus Ladies. O seu rating ELO após o evento cifrava-se em 2494. Actualmente a sua visão está bastante debilitada.
Vasily Vasiliyevich
Smyslov é conhecido pelo seu estilo posicional e, em particular, pela
qualidade com que dirige os seus finais.
http://www.conscienciadoxadrez.com.br/loja/infos.asp?lang=pt_BR&codigo_texto=27
Mikhail Nekhemievich Tal (Russo: Михаил Нехемиевич Тал e em letão: Mihails Tāls) foi um enxadrista soviético conhecido pelo seu estilo agressivo de jogo e o oitavo campeão do Mundo de Xadrez.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um
clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de
recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a
este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker,
pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a
iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a
que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente
treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo assinalavelmente
positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios intuitivos a que
Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações, parecendo mesmo
impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas que Tal criava no
tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas encontrassem falhas
nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o
“Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”.
Mikhail Nekhemievich Tal
Mikhail Nekhemievich Tal (Russo: Михаил Нехемиевич Тал e em letão: Mihails Tāls) foi um enxadrista soviético conhecido pelo seu estilo agressivo de jogo e o oitavo campeão do Mundo de Xadrez.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um
clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de
recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a
este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker,
pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a
iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a
que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente
treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo
assinalavelmente positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios
intuitivos a que Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações,
parecendo mesmo impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas
que Tal criava no tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas
encontrassem falhas nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o
“Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”
Vasily Vasiliyevich Smyslov
Foi um enxadrista soviético e cantor de ópera, tendo sido Campeão Mundial de 1957 a 1958
Smyslov foi cantor (tinha uma boa voz de barítono), só se decidindo por uma carreira no xadrez ao não conseguir ser aceite no Teatro Bolshoi, após uma audição, em 1950. Posteriormente, chegou a dar recitais durante torneios de xadrez, frequentemente acompanhado pelo também GMI e pianista Mark Taimanov.
Vasily Smyslov jogou em 1948 no torneio (Campeonato do Mundo de Xadrez) organizado para determinar quem ganharia o título de campeão, sucedendo ao falecido Alexander Alekhine, acabando em segundo atrás de Mikhail Botvinnik. Após triunfar no torneio dos candidatos em 1953 em Zurique, ele ganhou o direito a jogar um match com Botvinnik no ano seguinte. Este match acabou empatado, o que implicava a conservação do título por Botvinnik. Voltaram a jogar em 1957 (Smyslov ganhara novamente o torneio de candidatos, realizado em 1956
em Amsterdão) triunfando Smyslov pelo resultado de 12,5 – 9,5. No ano
seguinte Botvinnik exerceu o seu direito à desforra recuperando o título
com o resultado de 12,5 – 10,5.
Vasily não voltou a qualificar-se para outra final do Campeonato do Mundo, mas continuou a jogar nas provas de qualificação. Em 1983 foi até à final dos candidatos (o match que determina com o campeão, na altura Anatoly Karpov), perdendo por 8,5 – 4,5 com o futuro campeão Garry Kasparov. Nas eliminatórias anteriores tinha defrontado Zoltan Ribi (na meia-final, com o resultado de 6,5 – 4,5) e Robert Hübner (nos quatros de final, com o resultado de 7 – 7, tendo sido a roleta a decidir o jogador a avançar).
Em 1991
Vasily Smyslov ganhou o primeiro Campeonato Mundial de Xadrez Sénior, e
tem posto em acção sobre o tabuleiro os seus dotes em jogos não
competitivos, desde um torneio realizado em 2001 em Amsterdão, o Klompendans Veterans versus Ladies. O seu rating ELO após o evento cifrava-se em 2494. Actualmente a sua visão está bastante debilitada.
Vasily Vasiliyevich
Smyslov é conhecido pelo seu estilo posicional e, em particular, pela
qualidade com que dirige os seus finais.
Mikhail Nekhemievich Tal (Russo: Михаил Нехемиевич Тал e em letão: Mihails Tāls) foi um enxadrista soviético conhecido pelo seu estilo agressivo de jogo e o oitavo campeão do Mundo de Xadrez.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um
clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de
recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a
este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker,
pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a
iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a
que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente
treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo assinalavelmente
positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios intuitivos a que
Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações, parecendo mesmo
impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas que Tal criava no
tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas encontrassem falhas
nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o
“Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”.
Mikhail Nekhemievich Tal
Mikhail Nekhemievich Tal (Russo: Михаил Нехемиевич Тал e em letão: Mihails Tāls) foi um enxadrista soviético conhecido pelo seu estilo agressivo de jogo e o oitavo campeão do Mundo de Xadrez.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um
clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de
recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a
este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker,
pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a
iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a
que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente
treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo
assinalavelmente positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios
intuitivos a que Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações,
parecendo mesmo impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas
que Tal criava no tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas
encontrassem falhas nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o
“Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”
Vasily Vasiliyevich Smyslov
Foi um enxadrista soviético e cantor de ópera, tendo sido Campeão Mundial de 1957 a 1958
Smyslov foi cantor (tinha uma boa voz de barítono), só se decidindo por uma carreira no xadrez ao não conseguir ser aceite no Teatro Bolshoi, após uma audição, em 1950. Posteriormente, chegou a dar recitais durante torneios de xadrez, frequentemente acompanhado pelo também GMI e pianista Mark Taimanov.
Vasily Smyslov jogou em 1948 no torneio (Campeonato do Mundo de Xadrez) organizado para determinar quem ganharia o título de campeão, sucedendo ao falecido Alexander Alekhine, acabando em segundo atrás de Mikhail Botvinnik. Após triunfar no torneio dos candidatos em 1953 em Zurique, ele ganhou o direito a jogar um match com Botvinnik no ano seguinte. Este match acabou empatado, o que implicava a conservação do título por Botvinnik. Voltaram a jogar em 1957 (Smyslov ganhara novamente o torneio de candidatos, realizado em 1956
em Amsterdão) triunfando Smyslov pelo resultado de 12,5 – 9,5. No ano
seguinte Botvinnik exerceu o seu direito à desforra recuperando o título
com o resultado de 12,5 – 10,5.
Vasily não voltou a qualificar-se para outra final do Campeonato do Mundo, mas continuou a jogar nas provas de qualificação. Em 1983 foi até à final dos candidatos (o match que determina com o campeão, na altura Anatoly Karpov), perdendo por 8,5 – 4,5 com o futuro campeão Garry Kasparov. Nas eliminatórias anteriores tinha defrontado Zoltan Ribi (na meia-final, com o resultado de 6,5 – 4,5) e Robert Hübner (nos quatros de final, com o resultado de 7 – 7, tendo sido a roleta a decidir o jogador a avançar).
Em 1991
Vasily Smyslov ganhou o primeiro Campeonato Mundial de Xadrez Sénior, e
tem posto em acção sobre o tabuleiro os seus dotes em jogos não
competitivos, desde um torneio realizado em 2001 em Amsterdão, o Klompendans Veterans versus Ladies. O seu rating ELO após o evento cifrava-se em 2494. Actualmente a sua visão está bastante debilitada.
Vasily Vasiliyevich
Smyslov é conhecido pelo seu estilo posicional e, em particular, pela
qualidade com que dirige os seus finais.
Conhecido como "O Mago de Riga", Tal pode ser considerado como um clássico jogador de ataque, com um jogo extremamente poderoso e cheio de recursos. A sua forma de encarar o tabuleiro era bastante pragmática a este respeito. Ele foi um dos herdeiros do ex-campeão mundial Emanuel Lasker, pois não hesitava em sacrificar material de forma a conquistar a iniciativa (que em xadrez se define como a capacidade de fazer ameaças a que o oponente deve responder) do jogo. O seu primeiro e mais influente treinador foi Alexander Koblentz.
O estilo de jogo de Mikhail Tal foi reduzido, pelo também ex-Campeão Mundial Vasily Smyslov, a um conjunto de “truques”, contudo Tal bateu convincentemente todos os GMs recorrendo a sua habitual agressividade (Viktor Korchnoi é um dos poucos com um registo assinalavelmente positivo nos confrontos com Tal). Os sacrifícios intuitivos a que Mikhail Tal recorria criavam fortes complicações, parecendo mesmo impossíveis de resolver a muitos mestres os problemas que Tal criava no tabuleiro, embora análises pós-jogo mais profundas encontrassem falhas nos seus raciocínios.
Acima de tudo Tal amava o jogo em si mesmo e considerava que o “Xadrez, antes de mais, é Arte.” Era capaz de jogar numerosos jogos blitz contra desconhecidos ou jogadores relativamente fracos apenas pelo prazer de jogar!
O domínio de Mikhail Tal sobre Bobby Fischer nos seus primeiros anos ajudou a sua subida ao topo. Em 1960, com 24 anos de idade, Tal derrotou o estratega Mikhail Botvinnik num match decidindo o Campeonato do Mundo, fazendo-o o mais jovem campeão do mundo de sempre (um recorde posteriormente batido por Garry Kasparov, que arrebatou o título aos 22). Em 1961, Botvinnik ganhou o match de desforra contra Tal, após um demorado estudo do estilo do adversário. Os problemas crónicos de rins que apoquentavam Mikhail Tal podem também ter contribuído para a sua derrota.
Um dos grandes feitos da fase mais tardia da carreira de Tal foi, em 1979, a igualdade no primeiro lugar com Anatoly Karpov no “Torneio das Estrelas” em Montreal – onde teve prestações soberbas contra os mais fortes grandmasters da época.
Dos actuais jogadores de topo, o letão naturalizado espanhol Alexei Shirov é provavelmente o mais influenciado, ou inspirado, pelo estilo pleno de sacrifícios de Mikhail Tal. De facto, na sua juventude ele estudou com Tal. Muitos outros mestres e grandmasters letonianos, por exemplo Alexander Shabalov e Alvis Vitolins, têm jogado de forma similar, fazendo alguns falarem de uma “Escola Letã de Xadrez”
Vasily Vasiliyevich Smyslov
Foi um enxadrista soviético e cantor de ópera, tendo sido Campeão Mundial de 1957 a 1958
Smyslov foi cantor (tinha uma boa voz de barítono), só se decidindo por uma carreira no xadrez ao não conseguir ser aceite no Teatro Bolshoi, após uma audição, em 1950. Posteriormente, chegou a dar recitais durante torneios de xadrez, frequentemente acompanhado pelo também GMI e pianista Mark Taimanov.Vasily Smyslov jogou em 1948 no torneio (Campeonato do Mundo de Xadrez) organizado para determinar quem ganharia o título de campeão, sucedendo ao falecido Alexander Alekhine, acabando em segundo atrás de Mikhail Botvinnik. Após triunfar no torneio dos candidatos em 1953 em Zurique, ele ganhou o direito a jogar um match com Botvinnik no ano seguinte. Este match acabou empatado, o que implicava a conservação do título por Botvinnik. Voltaram a jogar em 1957 (Smyslov ganhara novamente o torneio de candidatos, realizado em 1956 em Amsterdão) triunfando Smyslov pelo resultado de 12,5 – 9,5. No ano seguinte Botvinnik exerceu o seu direito à desforra recuperando o título com o resultado de 12,5 – 10,5.
Vasily não voltou a qualificar-se para outra final do Campeonato do Mundo, mas continuou a jogar nas provas de qualificação. Em 1983 foi até à final dos candidatos (o match que determina com o campeão, na altura Anatoly Karpov), perdendo por 8,5 – 4,5 com o futuro campeão Garry Kasparov. Nas eliminatórias anteriores tinha defrontado Zoltan Ribi (na meia-final, com o resultado de 6,5 – 4,5) e Robert Hübner (nos quatros de final, com o resultado de 7 – 7, tendo sido a roleta a decidir o jogador a avançar).
Em 1991 Vasily Smyslov ganhou o primeiro Campeonato Mundial de Xadrez Sénior, e tem posto em acção sobre o tabuleiro os seus dotes em jogos não competitivos, desde um torneio realizado em 2001 em Amsterdão, o Klompendans Veterans versus Ladies. O seu rating ELO após o evento cifrava-se em 2494. Actualmente a sua visão está bastante debilitada.
Vasily Vasiliyevich Smyslov é conhecido pelo seu estilo posicional e, em particular, pela qualidade com que dirige os seus finais.
Mikhail Moiseyevich Botvinnik
(russo: Михаи́л Моисе́евич Ботви́нник), foi um grande enxadrista soviético e Campeão do Mundo de Xadrez.Nascido em Kuokkala, próximo de Vyborg, apareceram notícias suas no mundo do xadrez quando tinha apenas 14 anos e derrotou o campeão mundial, José Raúl Capablanca.Progredindo
de forma rápida, aos 20 anos de idade já Botvinnik era um mestre
soviético de mérito firmado, tendo vencido pela primeira vez o Campeonato Soviético em 1931. Este feito repetiu-se nos anos de 1933, 1939, 1941, 1945 e 1952.Aos
24 anos, Mikhail Botvinnik competia de igual para igual com a elite
mundial, acumulando sucessos em torneios internacionais em alguns dos
torneios mais fortes da época. Podemos referir as vitórias em Moscovo em 1935 (empatado com Salo Flohr e deixando para trás Emanuel Lasker e Capablanca) e em Nottingham em 1936, para além do prestigioso terceiro lugar (atrás de Reuben Fine e Paul Keres) no torneio AVRO em 1938.Sem
surpresa, Botvinnik continuou a sua senda de sucesso e deteve o título
de Campeão do Mundo em três períodos distintos (1948-57, 1958-60 e
1961-63). A sua longa permanência na elite mundial do xadrez é atribuída
à sua impressionante dedicação ao estudo. A preparação dos jogos e a
sua análise posterior não eram armas que os seus antecessores
esgrimissem, sendo contudo este estudo que conferia a Botvinnik muita da
sua força. A técnica em vez da táctica, perícia no final em vez das
armadilhas nas aberturas.Adoptou e desenvolveu linhas sólidas de
aberturas na Nimzo-Indiana, Defesa Eslava e Defesa Francesa, que se aguentaram perante vários testes, sendo-lhe possível concentrar-se num pequeno repertório de aberturas durante os seus match’s
mais importantes, permitindo-lhe frequentemente encaminhar o jogo para
temas bem preparados. Por várias vezes defrontou, em encontros de treino
“secretos”, mestres do calibre de Flohr, Yuri Averbakh e Viacheslav
Ragozin. Foi o desvendar, muitos anos depois, dos detalhes destes
encontros, que proporcionou aos historiadores do xadrez uma abordagem
inteiramente nova ao reinado de Botvinnik.É talvez surpreendente que
Mikhail Moiseyevich Botvinnik não seja solidamente apontado como um
concorrente ao título de melhor jogador de todos os tempos.Por um lado,
os seus feitos foram indubitavelmente impressionantes e deve ser
recordado que muitos dos seus rivais, os mais jovens Paul Keres, David
Bronstein, Vasily Smyslov, Mikhail Tal e Tigran Petrosian
eram, por mérito próprio, jogadores formidáveis. Ele ainda iniciou uma
nova forma de encarar o xadrez, com a sua forma de treino e profunda
preparação das aberturas.Por outro lado, os críticos apontam o facto de
raramente aparecer em torneios após a Segunda Guerra Mundial e o seu registo fraco em match’s
do campeonato do mundo – duas derrotas, das quais conseguiu recuperar o
título na desforra, tendo lutado para conseguir empatar os outros dois match’s.
Muitos consideram ainda que o jogo de Botvinnik era baseado na precisão
dos movimentos, em vez de o ser nas jogadas intuitivas ou
espectaculares – embora o jogador, de classe mundial, Reuben Fine
tenha escrito que a colecção dos melhores jogos de Botvinnik era uma
das “três mais belas”.Três factores contrinbuíram para o seu registo
algo inconsistente. A Segunda Guerra Mundial rebentou exactamente quando
Botvinnik entrou no seu melhor período – ele poderia ter sido campeão
mundial 5 anos mais cedo, se a guerra não tivesse interrompido as
competições internacionais de xadrez. Ele foi o único enxadrista de
classe mundial que tinha em simultâneo com a sua actividade no xadrez,
uma distinta e longa carreira noutro área – o governo soviético
condecorou-o pelos seus feitos em engenharia, e Fine contava uma
história que mostrava que Botvinnik estava igualmente comprometido com a
engenharia e o xadrez. Finalmente, os campeões do mundo anteriores
estavam livres para evitar os seus concorrentes mais fortes, da mesma
forma que se passa com os pesos pesados do boxe actualmente – Botvinnik
foi o primeiro campeão a ter de enfrentar os seus concorrentes mais
fortes de três em três anos, e ainda assim conservou o título mais tempo
que qualquer um dos seus sucessores exceptuando Garry Kasparov.Dos
anos 1960 em diante, Mikhail Botvinnik preferiu, em vez da competição,
dedicar-se ao desenvolvimento de programas de xadrez para computador e
assistir e treinar jogadores mais novos – os três famosos K’s soviéticos
Anatoly Karpov, Garry Kasparov e Vladimir Kramnik foram três dos seus muitos estudantes
MAX EUWE – 5º CAMPEÃO MUNDIAL DE XADREZ (1935 – 1937)
Machgielis (Max) Euwe foi um enxadrista neerlandês e o quinto jogador a ganhar o título de Campeão do Mundo de Xadrez.
O Dr. Max Euwe estudou matemática na Universidade de Amesterdão, tendo depois leccionado matemática, primeiramente em Roterdão e posteriormente num liceu para raparigas
em Amesterdão. Aplicou os seus conhecimentos em matemática ao estudo de jogos de xadrez infinitos.
Em 1921 sagrou-se campeão neerlandês de xadrez, conservando o título até 1935. Tornou-se campeão amador de xadrez corria o ano de 1928. A 15 de Dezembro de 1935, depois de 30 jogos disputados em 13 cidades diferentes num período de 80 dias, derrotou o campeão do mundo em título Alexander Alekhine, conquista que muito impulsionou o desenvolvimento do xadrez nos Países Baixos.
Em 1937, Euwe perdeu o título para Alekhine. Após a morte de Alekhine, em 1946,
considerava-se que Euwe teria o direito moral à posição de campeão
mundial, mas ele assentiu em participar num torneio com cinco
competidores pelo título de novo campeão do mundo, torneio esse que se
disputou em 1948, tendo Max Euwe acabado em quinto.
Apesar de ser mais velho quarenta anos que Bobby Fischer, Euwe ainda teve a energia e a resistência suficientes para manter o equilíbrio nos resultados entre ambos (+1 -1 =1).
Entre 1970 e 1980, foi presidente da FIDE, tendo desempenhado um papel importante na organização do famoso match entre Boris Spassky e Bobby Fischer.
Euwe escreveu muitos livros sobre xadrez, dos quais os mais conhecidos são Oordeel en Plan e uma série sobre aberturas.
Em Amesterdão existe a Max Euwe Plein (praça Max Euwe, próximo da Leidseplein).
Saiba mais sobre “José Raúl Capablanca”
José Raúl Capablanca y Graupera foi um enxadrista cubano detentor do título de campeão do mundo da modalidade entre 1921 e 1927. Juventude
Capablanca é referido por vários historiadores da modalidade como o Mozart do xadrez, uma vez que o seu brilhantismo desde cedo se evidenciou.
Aos quatro anos teria aprendido as regras do xadrez simplesmente observando o seu pai a jogar. Conta-se que Capablanca teria visto o seu pai fazer uma jogada ilegal com o cavalo, acusando-o de fazer batota e seguidamente explicando-lhe o que teria feito.
Com doze anos de idade Capablanca derrotou o campeão de Cuba, Juan Corzo, obtendo o resultado de 4 vitórias, 2 derrotas e 6 empates.
Ascensão
Em 1909, aos vinte anos, Capablanca venceu o campeão dos Estados Unidos, Frank Marshall,
uma vitória avassaladora com o resultado de oito vitórias, uma derrota e
catorze empates. Note-se que Marshall era um jogador com qualidade
suficiente para ter disputado um match pelo título de campeão do mundo apenas dois anos antes.
Capablanca jogando uma partida de xadrez com seu pai aos quatro anos de idade, em 1892.
Em 1911, persuadido por Marshall, Capablanca jogou o torneio de São Sebastião, Espanha,
um dos mais importantes torneios do mundo na altura, veja-se que dentre
os jogadores de topo da época apenas o campeão do mundo, Emanuel Lasker, não estava presente. Ossip Bernstein e Aaron Nimzowitsch
discordaram da presença de Capablanca por este ainda não ter vencido um
torneio de relevo, a resposta de Capablanca foi vencer a primeira ronda
contra Bernstein, tendo este jogo conquistado o prémio de brilhantismo.
Após isto, Bernstein ganhou um novo respeito por Capablanca e afirmou
que não seria surpresa para ele se Capablanca viesse a ganhar o torneio.
O jovem cubano levou facilmente de vencida Nimzowitsch em alguns jogos blitz
que disputaram. Os mestres reconheceram que não havia quem levasse a
melhor a Capablanca nas variantes rápidas do jogo. Capablanca venceu
ainda Nimzowitsch naquele que foi considerado o jogo do torneio.
Capablanca surpreendeu o mundo do xadrez ao vencer o torneio com seis vitórias, uma derrota e sete empates, superando Akiba Rubinstein, Carl Schlechter e Siegbert Tarrasch.
Em 1911 Capablanca desafiou Lasker para disputarem o campeonato do mundo, este assentiu mas impôs dezessete condições para o match. Como Capablanca não acordou com estas condições o match acabou por não se disputar.
Em SEtembro de 1913,
Capablanca conseguiu lugar no Gabinete dos Negócios Estrangeiros
cubano, onde não tinha qualquer tarefa senão jogar xadrez. Esta posição
permitiu-lhe defrontar em vários jogos de exibição os melhores jogadores
europeus, onde provou a sua superioridade.
Em 1914, num torneio
em São Petersburgo , Capablanca encontrou Lasker no tabuleiro pela
primeira vez, e, apesar de ter estado com uma vantagem de 1,5 pontos
acabou por perder para Lasker, com 13 pontos contra os 13,5 deste,
embora com larga vantagem para o terceiro classificado Alexander Alekhine.
Campeão do Mundo
Em 1920,
Lasker verificou que Capablanca estava demasiado forte para ele, e
desistiu do seu título em favor deste dizendo que “Você ganhou este
título não através dum desafio formal, mas através das suas brilhantes
capacidades.” Apesar disso, Capablanca queria vencer num match, mas Lasker insistiu que ele próprio é que era o desafiante, que se disputou em Havana em 1921, o resultado cifrou-se em +4 -0 =10. O feito de ganhar o título de campeão do mundo sem derrotas só tem paralelo na vitória de Vladimir Kramnik sobre Garry Kasparov +2 -0 =14 em 2000.
Já como campeão do mundo, Capablanca dominou absolutamente em 1922 em Londres.
Nesta altura apareciam cada vez mais jogadores de qualidade e pensou-se
que o campeão do mundo não deveria poder evitar desafios ao seu título,
como se verificou até então. Neste torneio os grandes jogadores da
época Alekhine, Bogolyubov, Maroczy, Réti, Rubinstein, Tartakower e
Vidmar encontraram-se para discutir as regras pelas quais se conduziriam
os futuros campeonatos. Entre outras condições, uma imposta por
Capablanca foi que o desafiante deveria angariar um mínimo de dez mil
dólares para o prize money. Nos anos que se seguiram Rubinstein e
Nimzowitsch desafiaram Capablanca mas não conseguiram reunir o dinheiro
suficiente. Posteriormente Alekhine desafiou Capablanca, residindo o
seu suporte financeiro num grupo de empresários argentinos e no próprio presidente do país.
No período em que foi campeão do mundo, Capablanca teve grandes mudanças na sua vida pessoal, em Dezembro de 1921 casou com Gloria Simoni Beautucourt, deste casamento nasceram José Raul em 1923 e Gloria em 1925, o casal acabou contudo por se divorciar. Neste período os pais de Capablanca faleceram.
Em 1924 Capablanca foi o segundo classificado atrás de Lasker em Nova Iorque, novamente com larga vantagem para o terceiro classificado Alekhine, em Moscovo em 1925 ficou-se somente pelo terceiro lugar atrás de Efim Bogolyubov e Lasker, mas dominou completamente o torneio de seis jogadores disputado
em Nova Iorque em 1927,
ao não perder qualquer jogo e terminando com 2,5 pontos de vantagem
para Alekhine. Nestas condições Capablanca era o claro favorito à
vitória no match contra Alekhine a disputar nesse ano.
Perda do título
Partida entre Capablanca e Alekhine.
Neste match
verificou-se a queda de Capablanca. Apesar de ter tentado fazer Alekhine
anular o match quando este rotundou numa série de empates, Alekhine
recusou-se e acabou por levar o título com +6 -3 =25, contudo, apesar de
acordado nas condições impostas para que o match decorresse que
haveria direito a desforra, Alekhine recusou-se a jogar a desforra, em
vez disso jogou dois matches contra Efim Bogolyubov, que não era da
mesma craveira (Capablanca tinha um registo de 5-0 contra ele). Alekhine
recusou-se mesmo a jogar os mesmo torneios que o seu rival.
Após o campeonato
Após ter perdido o título, Capablanca venceu vários torneios fortes, e em 1931 derrotou Max Euwe +2 -0 =8. Em seguida retirou-se do xadrez de alto nível, jogando apenas em jogos de menor responsabilidade no Manhattan Chess Club e simultâneas. Reuben Fine refere que neste período estava a um nível próximo do de Alekhine no blitz, mas Capablanca vencia-o “sem misericórdia” nas poucas vezes que jogaram.
Em 1934, Capablanca voltou a jogar ao mais alto nível. Tinha encontrado uma nova companheira, Olga Chagodayev, com quem casou em 1938, que o levou a jogar novamente. Em 1935,
Alekhine perdeu o título para Euwe. Capablanca ficou com esperanças
renovadas quanto à possibilidade de recuperar o título, tendo vencido o
torneio de Moscovo em 1936, à frente de Botvinnik e Lasker. Venceu empatado com Botvinnik o super-torneio de Nottingham
também em 1936, à frente de Euwe, Lasker, Alekhine e os jogadores
jovens mais promissores, neste torneio Capablanca e Alekhine
defrontaram-se pela primeira vez desde o fatídico match e
Capablanca conseguiu vingar-se. A sua “raiva mútua” era ainda forte, por
isso nunca eram vistos sentados os dois junto ao tabuleiro por mais de
alguns segundos, cada um fazia a sua jogada levantando-se em seguida.
Em 1937, Euwe, ao contrário do que Alekhine fez com Capablanca, correspondeu à obrigação de permitir a Alekhine o match
de desforra, que este ganhou sem dificuldade. Depois disto, já não
havia esperança para Capablanca recuperar o título, e Alekhine não jogou
mais nenhum match pelo campeonato do mundo até à sua morte. O controlo absoluto que o campeão fazia do título fez com que a FIDE
adquirisse o controlo da atribuição do título, para garantir que o
melhor concorrente tivesse a possibilidade de defrontar o campeão.
Durante o torneio AVRO de 1938
ele sofreu um pequeno ataque cardíaco e também o pior resultado da sua
carreira, sétimo de oito. Ainda assim, conseguia obter grandes
resultados no tabuleiro, na Olímpiada de xadrez de 1939, em Buenos Aires, conseguiu o melhor resultado para Cuba, vencendo Alekhine e Paul Keres.
Na tarde de 7 de março
de 1942, no Clube de Xadrez de Manhattan, Capablanca subitamente sofreu
uma severa dor de cabeça e começou a perder a consciência. Foi levado às
pressas ao hospital e na manhã seguinte, nos braços de sua mulher Olga,
morreu de hemorragia cerebral... Havana enterrou seu herói nacional com
honras de Estado.
Meus Grandes Predecessores Vol. 1, G. Kasparov.
Foi neste hospital que
Emanuel Lasker tinha falecido um ano antes. O seu arqui-rival Alekhine
escreveu “Com a sua morte, perdemos um enorme génio no xadrez, como
nunca veremos igual”.
Jogo Planilha de notação de uma partida entre Capablanca e Réti, em Nova Iorque, 1924.
Capablanca ainda é
considerado como um dos melhores jogadores de todos os tempos. Ele é
especialmente conhecido pela sua rapidez de julgamento, isenção de
erros, grande qualidade nos finais e estilo posicional. É ainda
conhecido pelo seu enorme talento natural e pelo pouco tempo dispendido
para preparar os torneios.
Em toda a sua carreira,
Capablanca sofreu menos de cinquenta derrotas em jogos oficiais,
conseguindo ainda o feito de estar invicto durante oito anos
consecutivos, de 1916 a 1923
inclusive, uma série de 63 jogos sem perder incluindo a vitória no
campeonato do mundo. De facto, apenas Marshall, Lasker, Alekhine e Rudolf Spielmann
ganharam dois ou mais jogos “a sério” ao já amadurecido Capablanca, mas
no total dos confrontos saem a perder, Capablanca vs Marshall +20 -2
=28, vs Lasker +6 -2 = 16, vs Alekhine +9 -7 =33, excepto Spielmann que
tem o resultado empatado +2 -2 =?. Dos jogadores de topo, apenas Keres
tinha vantagem nos confrontos com Capablanca +1 -0 =5, note-se que esta
vitória foi conseguida já Capablanca tinha cinquenta anos de idade.
Richard Réti afirmou que “O xadrez era a língua mãe de Capablanca”. E, de acordo com o sistema de classificação de Jeff Sonas, do sítio chessmetrics, Réti não se engana muito, visto Capablanca ter os picos de 1 ano, 3 anos, 5 anos e 9 anos mais altos de sempre [1].
Capablanca não fundou uma nova escola per se, mas o seu estilo influenciou muito o jogo de dois campeões do mundo Bobby Fischer e Anatoly Karpov. Mikhail Botvinnik
também escreveu que tinha aprendido muito com Capablanca, e até apontou
que o próprio Alekhine aprendeu muito com este em termos de jogo
posicional, antes do match que os iria tornar rivais para sempre.
Botvinnik apontava o livro de Capablanca Chess Fundamentals
como indubitavelmente o melhor livro de xadrez alguma vez escrito.
Nele, Capablanca referia que apesar de o bispo ser habitualmente mais
forte que o cavalo, a combinação dama e cavalo era normalmente superior à
combinação dama e bispo. Botvinnik atribui a Capablanca os créditos por
ter sido ele o primeiro a ter esta noção.
Morte do xadrez devido aos empates
&nb, sp; O Arcebispo e o Chanceler, peças criadas por Capablanca, segundo a concepção do wikipedista Matt Hucke, montadas a parti, r de peças comuns de xadrez com o uso de estilete e cola.
Capablanca previu que
num futuro próximo o xadrez iria deixar de ser pra, ticado em virtude
dos freqüentes empates, no sentido em que os mestres, podiam, se
quisessem e em razão dos seus profundos conhecimentos da teoria enxadrística,
empatar todos os jogos. Isto ainda não se verifica, apesar de se ter
chegado muito próximo deste ponto. Por exemplo, no primeiro match para o campeonato do mundo entre Karpov e Kasparov,
o segundo, encontrando-se à beira da derrota, conseguiu seguir uma
linha de jogo menos agressiva levando a uma série de empates tão longa
que o match acabou por ser anulado, exactamente o tipo de situação que Capablanca reprovava e tinha previsto.
Para alterar esta questão, Capablanca sugeriu uma nova variante do xadrez, o Xadrez de Capablanca, a ser disputada num tabuleiro de dez por oito casas e com o acréscimo de duas novas peças: o arcebispo e o chanceler.
A idéia por trás desta inovação era de que, se fossem adicionadas peças
e se o tamanho do tabuleiro também fosse aumentado, a complexidade do
xadrez também se ampliaria significativ, amente, o que permitiria ao
jogador apenas um pouco mais habilidoso ter mais oportunidades para
virar o jogo a seu favor, no lugar de apenas obter um mero empate.
Note-se que esta complexa variante foi proposta por ele enquanto ainda
era campeão do mundo.
CAPABLANCA
3º CAMPEÃO MUNDIAL DE XADREZ (1921-1927)
HOMENAGEADO DA 3ª ETAPA DO CIRCUITO
MAX EUWE – 5º CAMPEÃO MUNDIAL DE XADREZ (1935 – 1937)
Machgielis (Max) Euwe foi um enxadrista neerlandês e o quinto jogador a ganhar o título de Campeão do Mundo de Xadrez. O Dr. Max Euwe estudou matemática na Universidade de Amesterdão, tendo depois leccionado matemática, primeiramente em Roterdão e posteriormente num liceu para raparigas em Amesterdão. Aplicou os seus conhecimentos em matemática ao estudo de jogos de xadrez infinitos.
Em 1921 sagrou-se campeão neerlandês de xadrez, conservando o título até 1935. Tornou-se campeão amador de xadrez corria o ano de 1928. A 15 de Dezembro de 1935, depois de 30 jogos disputados em 13 cidades diferentes num período de 80 dias, derrotou o campeão do mundo em título Alexander Alekhine, conquista que muito impulsionou o desenvolvimento do xadrez nos Países Baixos.
Em 1937, Euwe perdeu o título para Alekhine. Após a morte de Alekhine, em 1946, considerava-se que Euwe teria o direito moral à posição de campeão mundial, mas ele assentiu em participar num torneio com cinco competidores pelo título de novo campeão do mundo, torneio esse que se disputou em 1948, tendo Max Euwe acabado em quinto.
Apesar de ser mais velho quarenta anos que Bobby Fischer, Euwe ainda teve a energia e a resistência suficientes para manter o equilíbrio nos resultados entre ambos (+1 -1 =1).
Entre 1970 e 1980, foi presidente da FIDE, tendo desempenhado um papel importante na organização do famoso match entre Boris Spassky e Bobby Fischer.
Euwe escreveu muitos livros sobre xadrez, dos quais os mais conhecidos são Oordeel en Plan e uma série sobre aberturas.
Em Amesterdão existe a Max Euwe Plein (praça Max Euwe, próximo da Leidseplein).
Saiba mais sobre “José Raúl Capablanca”
José Raúl Capablanca y Graupera foi um enxadrista cubano detentor do título de campeão do mundo da modalidade entre 1921 e 1927. Juventude
Capablanca é referido por vários historiadores da modalidade como o Mozart do xadrez, uma vez que o seu brilhantismo desde cedo se evidenciou.
Aos quatro anos teria aprendido as regras do xadrez simplesmente observando o seu pai a jogar. Conta-se que Capablanca teria visto o seu pai fazer uma jogada ilegal com o cavalo, acusando-o de fazer batota e seguidamente explicando-lhe o que teria feito.
Com doze anos de idade Capablanca derrotou o campeão de Cuba, Juan Corzo, obtendo o resultado de 4 vitórias, 2 derrotas e 6 empates.
Aos quatro anos teria aprendido as regras do xadrez simplesmente observando o seu pai a jogar. Conta-se que Capablanca teria visto o seu pai fazer uma jogada ilegal com o cavalo, acusando-o de fazer batota e seguidamente explicando-lhe o que teria feito.
Com doze anos de idade Capablanca derrotou o campeão de Cuba, Juan Corzo, obtendo o resultado de 4 vitórias, 2 derrotas e 6 empates.
Ascensão
Em 1909, aos vinte anos, Capablanca venceu o campeão dos Estados Unidos, Frank Marshall,
uma vitória avassaladora com o resultado de oito vitórias, uma derrota e
catorze empates. Note-se que Marshall era um jogador com qualidade
suficiente para ter disputado um match pelo título de campeão do mundo apenas dois anos antes.
Capablanca jogando uma partida de xadrez com seu pai aos quatro anos de idade, em 1892.
Em 1911, persuadido por Marshall, Capablanca jogou o torneio de São Sebastião, Espanha,
um dos mais importantes torneios do mundo na altura, veja-se que dentre
os jogadores de topo da época apenas o campeão do mundo, Emanuel Lasker, não estava presente. Ossip Bernstein e Aaron Nimzowitsch
discordaram da presença de Capablanca por este ainda não ter vencido um
torneio de relevo, a resposta de Capablanca foi vencer a primeira ronda
contra Bernstein, tendo este jogo conquistado o prémio de brilhantismo.
Após isto, Bernstein ganhou um novo respeito por Capablanca e afirmou
que não seria surpresa para ele se Capablanca viesse a ganhar o torneio.
O jovem cubano levou facilmente de vencida Nimzowitsch em alguns jogos blitz
que disputaram. Os mestres reconheceram que não havia quem levasse a
melhor a Capablanca nas variantes rápidas do jogo. Capablanca venceu
ainda Nimzowitsch naquele que foi considerado o jogo do torneio.
Capablanca surpreendeu o mundo do xadrez ao vencer o torneio com seis vitórias, uma derrota e sete empates, superando Akiba Rubinstein, Carl Schlechter e Siegbert Tarrasch.
Em 1911 Capablanca desafiou Lasker para disputarem o campeonato do mundo, este assentiu mas impôs dezessete condições para o match. Como Capablanca não acordou com estas condições o match acabou por não se disputar.
Em SEtembro de 1913,
Capablanca conseguiu lugar no Gabinete dos Negócios Estrangeiros
cubano, onde não tinha qualquer tarefa senão jogar xadrez. Esta posição
permitiu-lhe defrontar em vários jogos de exibição os melhores jogadores
europeus, onde provou a sua superioridade.
Em 1914, num torneio
em São Petersburgo , Capablanca encontrou Lasker no tabuleiro pela
primeira vez, e, apesar de ter estado com uma vantagem de 1,5 pontos
acabou por perder para Lasker, com 13 pontos contra os 13,5 deste,
embora com larga vantagem para o terceiro classificado Alexander Alekhine.
Campeão do Mundo
Em 1920,
Lasker verificou que Capablanca estava demasiado forte para ele, e
desistiu do seu título em favor deste dizendo que “Você ganhou este
título não através dum desafio formal, mas através das suas brilhantes
capacidades.” Apesar disso, Capablanca queria vencer num match, mas Lasker insistiu que ele próprio é que era o desafiante, que se disputou em Havana em 1921, o resultado cifrou-se em +4 -0 =10. O feito de ganhar o título de campeão do mundo sem derrotas só tem paralelo na vitória de Vladimir Kramnik sobre Garry Kasparov +2 -0 =14 em 2000.
Já como campeão do mundo, Capablanca dominou absolutamente em 1922 em Londres.
Nesta altura apareciam cada vez mais jogadores de qualidade e pensou-se
que o campeão do mundo não deveria poder evitar desafios ao seu título,
como se verificou até então. Neste torneio os grandes jogadores da
época Alekhine, Bogolyubov, Maroczy, Réti, Rubinstein, Tartakower e
Vidmar encontraram-se para discutir as regras pelas quais se conduziriam
os futuros campeonatos. Entre outras condições, uma imposta por
Capablanca foi que o desafiante deveria angariar um mínimo de dez mil
dólares para o prize money. Nos anos que se seguiram Rubinstein e
Nimzowitsch desafiaram Capablanca mas não conseguiram reunir o dinheiro
suficiente. Posteriormente Alekhine desafiou Capablanca, residindo o
seu suporte financeiro num grupo de empresários argentinos e no próprio presidente do país.
No período em que foi campeão do mundo, Capablanca teve grandes mudanças na sua vida pessoal, em Dezembro de 1921 casou com Gloria Simoni Beautucourt, deste casamento nasceram José Raul em 1923 e Gloria em 1925, o casal acabou contudo por se divorciar. Neste período os pais de Capablanca faleceram.
Em 1924 Capablanca foi o segundo classificado atrás de Lasker em Nova Iorque, novamente com larga vantagem para o terceiro classificado Alekhine, em Moscovo em 1925 ficou-se somente pelo terceiro lugar atrás de Efim Bogolyubov e Lasker, mas dominou completamente o torneio de seis jogadores disputado
em Nova Iorque em 1927,
ao não perder qualquer jogo e terminando com 2,5 pontos de vantagem
para Alekhine. Nestas condições Capablanca era o claro favorito à
vitória no match contra Alekhine a disputar nesse ano.
Perda do título
Partida entre Capablanca e Alekhine.
Neste match
verificou-se a queda de Capablanca. Apesar de ter tentado fazer Alekhine
anular o match quando este rotundou numa série de empates, Alekhine
recusou-se e acabou por levar o título com +6 -3 =25, contudo, apesar de
acordado nas condições impostas para que o match decorresse que
haveria direito a desforra, Alekhine recusou-se a jogar a desforra, em
vez disso jogou dois matches contra Efim Bogolyubov, que não era da
mesma craveira (Capablanca tinha um registo de 5-0 contra ele). Alekhine
recusou-se mesmo a jogar os mesmo torneios que o seu rival.
Após o campeonato
Após ter perdido o título, Capablanca venceu vários torneios fortes, e em 1931 derrotou Max Euwe +2 -0 =8. Em seguida retirou-se do xadrez de alto nível, jogando apenas em jogos de menor responsabilidade no Manhattan Chess Club e simultâneas. Reuben Fine refere que neste período estava a um nível próximo do de Alekhine no blitz, mas Capablanca vencia-o “sem misericórdia” nas poucas vezes que jogaram.
Em 1934, Capablanca voltou a jogar ao mais alto nível. Tinha encontrado uma nova companheira, Olga Chagodayev, com quem casou em 1938, que o levou a jogar novamente. Em 1935,
Alekhine perdeu o título para Euwe. Capablanca ficou com esperanças
renovadas quanto à possibilidade de recuperar o título, tendo vencido o
torneio de Moscovo em 1936, à frente de Botvinnik e Lasker. Venceu empatado com Botvinnik o super-torneio de Nottingham
também em 1936, à frente de Euwe, Lasker, Alekhine e os jogadores
jovens mais promissores, neste torneio Capablanca e Alekhine
defrontaram-se pela primeira vez desde o fatídico match e
Capablanca conseguiu vingar-se. A sua “raiva mútua” era ainda forte, por
isso nunca eram vistos sentados os dois junto ao tabuleiro por mais de
alguns segundos, cada um fazia a sua jogada levantando-se em seguida.
Em 1937, Euwe, ao contrário do que Alekhine fez com Capablanca, correspondeu à obrigação de permitir a Alekhine o match
de desforra, que este ganhou sem dificuldade. Depois disto, já não
havia esperança para Capablanca recuperar o título, e Alekhine não jogou
mais nenhum match pelo campeonato do mundo até à sua morte. O controlo absoluto que o campeão fazia do título fez com que a FIDE
adquirisse o controlo da atribuição do título, para garantir que o
melhor concorrente tivesse a possibilidade de defrontar o campeão.
Durante o torneio AVRO de 1938
ele sofreu um pequeno ataque cardíaco e também o pior resultado da sua
carreira, sétimo de oito. Ainda assim, conseguia obter grandes
resultados no tabuleiro, na Olímpiada de xadrez de 1939, em Buenos Aires, conseguiu o melhor resultado para Cuba, vencendo Alekhine e Paul Keres.
Na tarde de 7 de março
de 1942, no Clube de Xadrez de Manhattan, Capablanca subitamente sofreu
uma severa dor de cabeça e começou a perder a consciência. Foi levado às
pressas ao hospital e na manhã seguinte, nos braços de sua mulher Olga,
morreu de hemorragia cerebral... Havana enterrou seu herói nacional com
honras de Estado.
Meus Grandes Predecessores Vol. 1, G. Kasparov.
Foi neste hospital que
Emanuel Lasker tinha falecido um ano antes. O seu arqui-rival Alekhine
escreveu “Com a sua morte, perdemos um enorme génio no xadrez, como
nunca veremos igual”.
Jogo Planilha de notação de uma partida entre Capablanca e Réti, em Nova Iorque, 1924.
Capablanca ainda é
considerado como um dos melhores jogadores de todos os tempos. Ele é
especialmente conhecido pela sua rapidez de julgamento, isenção de
erros, grande qualidade nos finais e estilo posicional. É ainda
conhecido pelo seu enorme talento natural e pelo pouco tempo dispendido
para preparar os torneios.
Em toda a sua carreira,
Capablanca sofreu menos de cinquenta derrotas em jogos oficiais,
conseguindo ainda o feito de estar invicto durante oito anos
consecutivos, de 1916 a 1923
inclusive, uma série de 63 jogos sem perder incluindo a vitória no
campeonato do mundo. De facto, apenas Marshall, Lasker, Alekhine e Rudolf Spielmann
ganharam dois ou mais jogos “a sério” ao já amadurecido Capablanca, mas
no total dos confrontos saem a perder, Capablanca vs Marshall +20 -2
=28, vs Lasker +6 -2 = 16, vs Alekhine +9 -7 =33, excepto Spielmann que
tem o resultado empatado +2 -2 =?. Dos jogadores de topo, apenas Keres
tinha vantagem nos confrontos com Capablanca +1 -0 =5, note-se que esta
vitória foi conseguida já Capablanca tinha cinquenta anos de idade.
Richard Réti afirmou que “O xadrez era a língua mãe de Capablanca”. E, de acordo com o sistema de classificação de Jeff Sonas, do sítio chessmetrics, Réti não se engana muito, visto Capablanca ter os picos de 1 ano, 3 anos, 5 anos e 9 anos mais altos de sempre [1].
Capablanca não fundou uma nova escola per se, mas o seu estilo influenciou muito o jogo de dois campeões do mundo Bobby Fischer e Anatoly Karpov. Mikhail Botvinnik
também escreveu que tinha aprendido muito com Capablanca, e até apontou
que o próprio Alekhine aprendeu muito com este em termos de jogo
posicional, antes do match que os iria tornar rivais para sempre.
Botvinnik apontava o livro de Capablanca Chess Fundamentals
como indubitavelmente o melhor livro de xadrez alguma vez escrito.
Nele, Capablanca referia que apesar de o bispo ser habitualmente mais
forte que o cavalo, a combinação dama e cavalo era normalmente superior à
combinação dama e bispo. Botvinnik atribui a Capablanca os créditos por
ter sido ele o primeiro a ter esta noção.
Morte do xadrez devido aos empates
&nb, sp; O Arcebispo e o Chanceler, peças criadas por Capablanca, segundo a concepção do wikipedista Matt Hucke, montadas a parti, r de peças comuns de xadrez com o uso de estilete e cola.
Capablanca previu que
num futuro próximo o xadrez iria deixar de ser pra, ticado em virtude
dos freqüentes empates, no sentido em que os mestres, podiam, se
quisessem e em razão dos seus profundos conhecimentos da teoria enxadrística,
empatar todos os jogos. Isto ainda não se verifica, apesar de se ter
chegado muito próximo deste ponto. Por exemplo, no primeiro match para o campeonato do mundo entre Karpov e Kasparov,
o segundo, encontrando-se à beira da derrota, conseguiu seguir uma
linha de jogo menos agressiva levando a uma série de empates tão longa
que o match acabou por ser anulado, exactamente o tipo de situação que Capablanca reprovava e tinha previsto.
Para alterar esta questão, Capablanca sugeriu uma nova variante do xadrez, o Xadrez de Capablanca, a ser disputada num tabuleiro de dez por oito casas e com o acréscimo de duas novas peças: o arcebispo e o chanceler.
A idéia por trás desta inovação era de que, se fossem adicionadas peças
e se o tamanho do tabuleiro também fosse aumentado, a complexidade do
xadrez também se ampliaria significativ, amente, o que permitiria ao
jogador apenas um pouco mais habilidoso ter mais oportunidades para
virar o jogo a seu favor, no lugar de apenas obter um mero empate.
Note-se que esta complexa variante foi proposta por ele enquanto ainda
era campeão do mundo.
CAPABLANCA
3º CAMPEÃO MUNDIAL DE XADREZ (1921-1927)
HOMENAGEADO DA 3ª ETAPA DO CIRCUITO
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